Texto por: Miria Gomes – Equipe Limpa Brasil

Live ressalta que a Década da Ciência Oceânica não é apenas para oceanógrafos, e sim para toda sociedade

No dia 25 de março ocorreu através do canal de Youtube da STEAM FMU, a live Década da Ciência Oceânica, em comemoração à semana do Dia da Água realizada em parceria com o instituto Limpa Brasil. O evento recebeu profissionais para falar sobre as questões que envolvem os oceanos, como poluição, conservação e o que precisamos saber mais sobre essa temática tão importante.

 A live foi mediada pela professora Elisangela Ronconi que ministra aulas de engenharia ambiental na FMU e pela professora Fernanda Storte. Como convidados estavam o professor Ronaldo Chistofoletti, coordenador do programa Maré de Ciência e membro do Comitê Nacional de Governança para a Década do Oceano. A bióloga e mestre em oceanografia pela USP, Natalia Grilli, também é conselheira da Liga das Mulheres pelo Oceano, onde coordena um trabalho de comunicação sobre a década do oceano. E o engenheiro ambiental Rodrigo Figueiredo, presidente do Instituto Meu Oceano. 

 A Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) é surgiu como forma de difundir a discussão de ideais sustentáveis em prol do oceano entre 2021 e 2030. Com a criação da Agenda 2030, a OMS tem como objetivo criar um modelo global de proteção aos animais, acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos. 

Para entendermos na prática a importância da Década da Ciência Oceânica, precisamos ter em mente que o objetivo da criação dessa pauta é a de englobar os governos dos países, assim como a sociedade de forma geral, a trabalharem em prol da saúde dos oceanos e vida marinha e realizar a transformação no mundo, como explica o professor Ronaldo Chistofoletti, “A ação que faz essa transformação ocorre aqui, em cada um de nós, em nossas instituições e ações”. 

Trazendo para a discussão o porque devemos estar atentos a esse movimento criado pela ONU, o professor conta que todos nós enquanto sociedade devemos nos preocupar com a saúde dos oceanos. Desde pescadores até pessoas que nunca viram o mar, pois mesmo que distantes das costas marinhas, todos somos influenciados pelas águas através do clima, que é regulado pelo oceano, até a agropecuária. O professor finaliza falando que todos nós em 100% do tempo estamos respirando oceano.

 Em 2019 o Brasil lançou o Plano Nacional de Combate ao lixo no mar, como conta a bióloga Natalia Grilli, com objetivo de combater o problema do lixo nos mares e trazer dados que faltam sobre onde esse lixo está localizado na região dos mares e quais são suas composições. Assim surgiu o Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação de Lixo no Mar (PEMALM), para que haja um maior número possível de informações sobre esse lixo no estado de São Paulo e assim conseguir fazer ações eficientes para combatê-lo.

Dando prosseguimento a live, o engenheiro ambiental Rodrigo Figueiredo trás a discussão sobre como nós, enquanto indivíduos de uma sociedade, podemos contribuir com o impacto que nossas ações têm nos oceanos. Rodrigo discorre também sobre a importância de tornar essas discussões mais acessíveis e levar as informações, que muitas vezes são complexas, para a sociedade de uma forma clara, sendo esse o maior objetivo do Instituto Meu Oceano. 

Confira na íntegra a live completa da Década da Ciência Oceânica através do canal de Youtube oficial da Ambiental STEAM FMU e saiba como fazer parte do movimento em prol da sustentabilidade e cuidado dos oceanos. Acompanhe também a Limpa Brasil no Facebook e Instagram para ter acesso ao cronograma de lives em comemoração à semana do dia da Água.