Corrida pela sustentabilidade: A Década da Ciência Oceânica começou!
Texto por: Catharine Senna | Limpa Brasil
Devido ao crescimento populacional com o passar dos anos, a produção de lixo no mundo vem aumentando cada vez mais. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Science, estima-se que em 2040 a quantidade de plástico descartado em solos ou oceanos será mais de 1,3 bilhões de toneladas.
Além de problemas com lixo, segundo um levantamento da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, há outras atividades humanas que afetam os mares e oceanos, como por exemplo a sobrepesca, na qual ocorre a captura excessiva de animais marinhos; às mudanças climáticas, devido ao aumento da liberação de CO² no mundo; e invasão de espécies exóticas, nas quais não pertencem a uma determinada região e passam a frequentar à área podendo se tornar uma praga.
A partir da identificação dos problemas, é possível descobrir maneiras de reduzir tais desequilíbrios que afetam todos os ecossistemas. Foi então que em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Agenda 2030, que tem como meta alcançar 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e dentre eles, há o décimo quarto objetivo, “Vida na Água”. Mas só em 2017 foi proclamada a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, isso se deve pela primeira Avaliação Mundial dos Oceanos feito pelas Nações Unidas em 2016, na qual concluíram que era urgente gerenciar atividades no oceano com sustentabilidade.
Dentro da meta de “Vida na água”, há sete resultados desejados: um oceano limpo; saudável e resiliente; previsível; seguro; sustentável e produtivo; transparente e acessível; e conhecido e valorizado. Segundo a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, a partir desses resultados será possível estudar o oceano, mobilizar recursos e envolver governos e organismos internacionais para preservação dos oceanos.
A meta é que entre 2021 e 2030 possamos alcançar tais objetivos para proteger os oceanos, portanto é imprescindível a colaboração de todos, não apenas de ONGs ou governo, seja realizando coleta seletiva, não jogando lixo nos rios (que posteriormente vão para os oceanos) ou reduzindo o uso de plásticos, não esqueçamos que 50% do nosso oxigênio vem dos oceanos, e sem ele sofreremos as consequências.
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